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NuSACER realiza atividade de campo durante as Congadas de Catalão

Os pesquisadores já acompanharam a Procissão do Fogaréu, na Cidade de Goiás; as Cavalhadas de Pirenópolis; e a Romaria de Trindade. O produto final será um conjunto de livretos didáticos, fascículos sobre as festas populares de Goiás, a serem distribuídos nas escolas públicas.

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Letícia Jury

15 de outubro de 2024

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A cidade de Catalão, localizada a 260 km de Goiânia, capital de Goiás, é palco da maior festa de Congada do Brasil. A origem dessa tradição está ligada à influência do congado de Minas Gerais e foi trazida para a região por escravos semilibertos, por volta de 1820, que introduziram a devoção, além de instrumentos como tambores, apitos e chocalhos. Nesse ano, a devoção teve início no dia 4 de outubro e se encerrou na segunda, dia 14.  

No último final de semana, um grupo de mestrandos e professores do Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER), da Universidade Estadual de Goiás (UEG), incluindo Maria Idelma Vieira D’Abadia e Josana de Castro Peixoto, realizou uma atividade de campo em Catalão para acompanhar de perto essa manifestação cultural.

Segundo o coordenador do NuSACER, Maximiliano Corrêa, essa atividade faz parte das ações do núcleo de pesquisa em saberes e tradições populares, que neste ano já acompanhou a Procissão do Fogaréu, na Cidade de Goiás; as Cavalhadas de Pirenópolis; e a Romaria de Trindade. “O produto final dessa odisseia será um conjunto de livretos didáticos, fascículos sobre as festas populares de Goiás, a serem distribuídos nas escolas públicas”, anuncia.

Para ele, essas vivências são formativas e imprescindíveis para a compreensão prática, e não apenas teórica, dos fenômenos culturais que os pesquisadores estudam. “No aspecto humano, nos permite olhar para os outros seres humanos sobre os quais nos debruçamos e nos reconhecer neles: sua euforia, sua contrição, suas esperanças, sua obstinação", afirma.

Ter a oportunidade de participar dessas festividades e conversar com os populares, de acordo com Maximiliano Corrêa, tanto nos momentos solenes quanto nos extraoficiais, como almoços e conversas informais, enriquece as pesquisas e o senso de humanidade.

O pesquisador detalha ainda que a cada visita de campo, são feitos registros por meio de diários de campo, que servirão como base para a construção dos fascículos. "Muitos registros fotográficos, vídeos e, por vezes, até áudios estão sendo coletados", conta. 

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