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Segundo IBGE, quase 10% da população não têm o serviço de coleta de lixo em suas residências

O lixo domiciliar de 7,9% das pessoas era “Queimado na propriedade”, enquanto para 0,3% delas ele era “Enterrado na propriedade”. De acordo com 0,6% da população, o lixo era apenas “Jogado em terreno baldio, encosta ou área pública”. O Censo 2022 registrou ainda ocorrência de “Outro destino” do lixo domiciliar, abrangendo 0,3% da população.  

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24 de fevereiro de 2024

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Segundo o IBGE, quase 10% da população não tem o serviço de coleta de lixo em suas residências. O descarte inadequado é um problema global que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas e a saúde do planeta. Quando o lixo não é tratado de maneira adequada, os impactos negativos se multiplicam, afetando tanto a sociedade quanto o meio ambiente.

O lixo não tratado pode se tornar um criadouro de insetos e roedores, que transmitem doenças como dengue, zika, chikungunya e leptospirose. Além disso, a queima de lixo a céu aberto libera substâncias tóxicas que afetam a saúde respiratória da população. O acúmulo em locais inadequados gera uma paisagem urbana desagradável, prejudicando o bem-estar psicológico e a qualidade de vida das pessoas que vivem ou frequentam esses locais.

A grande quantidade de lixo em aterros sanitários sem tratamento adequado pode contaminar o solo com substâncias tóxicas, comprometendo a sua qualidade e impactando a flora local. O lixo descartado de forma inadequada pode contaminar rios, lagos e oceanos, prejudicando a fauna aquática e comprometendo a qualidade da água para consumo humano.

Dados do Censo

De acordo com os dados do IBGE, o tipo de descarte mais frequente foi o "Coletado no domicílio por serviço de limpeza", com 82,5% da população residindo em domicílios nos quais esse era o destino do lixo. Em segundo lugar, vem o "Depositado em caçamba de serviço de limpeza", feito por 8,4% da população. Essas duas categorias, juntas, correspondem aos domicílios com coleta de lixo. Em 2022, 90,9% da população residia em domicílios com coleta direta ou indireta de lixo. Os 9,1% restantes recorriam a soluções locais ou individuais para a destinação do lixo.

O lixo domiciliar de 7,9% das pessoas era "Queimado na propriedade", enquanto para 0,3% delas ele era "Enterrado na propriedade". De acordo com 0,6% da população, o lixo era apenas "Jogado em terreno baldio, encosta ou área pública". O Censo 2022 registrou ainda ocorrência de "Outro destino" do lixo domiciliar, abrangendo 0,3% da população.

A maior proporção de coleta direta ou indireta de lixo foi registrada em São Paulo (99,0%), e a menor no Maranhão (69,8%). Em relação a 2010, o Maranhão foi a unidade da federação que mais ampliou a cobertura da coleta de lixo, com uma expansão de 16,3 pontos percentuais na proporção da população atendida, resultado que, no entanto, não foi suficiente para retirá-lo da última posição nesse indicador.

Os dados do Censo 2022 mostram que, em geral, o acesso à coleta de lixo é mais limitado nos municípios com menor contingente populacional. Nos que têm menos de 5.000 habitantes, somente 78,9% da população residia em domicílios com coleta de lixo. Porém, nos com 500.001 ou mais habitantes, a coleta de lixo chegava a 98,9% das pessoas. Santa Cruz de Minas (MG), Águas de São Pedro (SP) e Presidente Lucena (RS) foram as cidades com índices mais elevados de população servida por coleta de lixo, todas com 100,0% de cobertura.

Os municípios com maior restrição à coleta de lixo foram os que tinham menos de 5.000 habitantes na Região Nordeste, nos quais 68,3% das pessoas moravam em domicílios com coleta de lixo. Em 455 municípios, nas cinco Grandes Regiões do país, menos da metade da população era servida por coleta direta ou indireta de lixo.

Foto: G1

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