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Pelo menos 11% das Cabeceiras do Pantanal precisam ser restauradas

WWF Brasil divulgou notícia que destaca que cabeceiras do Pantanal precisam ser restauradas e que percentual foi revelado em estudos, que analisaram como potencializar a regulação hídrica e o controle da erosão na paisagem.

22 de setembro de 2023

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As Cabeceiras do Pantanal, berço de cerca de 80% das águas que abastecem a planície pantaneira, possibilitando assim a conservação da biodiversidade e dos processos ecológicos e econômicos da região, necessitam de ações urgentes e coordenadas. Estudos inéditos identificaram que é preciso intervir em pelo menos dois milhões de hectares – ou 11% da paisagem, tamanho equivalente a aproximadamente 2,5 vezes o município de Campo Grande – para atingir o melhor custo-benefício na implementação da restauração, potencializando o controle da erosão e a regulação hídrica, serviços ecossistêmicos fundamentais para aumentar a quantidade e melhorar a qualidade da água no território. 

De acordo com as modelagens realizadas pelos pesquisadores, a melhoria da qualidade da água começou a ser percebida nos locais onde ao menos 2,5% da paisagem foi alvo de ações sustentáveis, como restauração nas margens de rios e nascentes, conservação do solo e adoção de melhores práticas agrícolas - como cercamento das nascentes, para evitar pisoteio do gado, e construção de curvas de nível para aumento da infiltração da água da chuva. Já o aumento do volume hídrico foi constatado após intervenção em, no mínimo, 20% da paisagem. Também foram analisadas porções da sub-bacia Jauru e da microbacia de Poconé, em Mato Grosso, e da sub-bacia do Miranda e da APA (Área de Preservação Ambiental) da bacia do córrego Guariroba, em Mato Grosso do Sul.  

“A recuperação das Cabeceiras do Pantanal é urgente e vale o investimento por diversos motivos”, destaca Veronica Maioli, especialista em Conservação e Restauração do WWF-Brasil. “Além de ser fundamental para a melhoria do solo e para a manutenção dos recursos hídricos da região, é uma atividade que também gera trabalho e renda, favorece a segurança alimentar, a manutenção da cultura e do bem-estar da população local”, acrescenta. 

As Cabeceiras do Pantanal, área que abrange 85 municípios e 16 sub-bacias hidrográficas de parte dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, têm cerca de 3 milhões de habitantes. São pessoas que dependem cotidianamente da água que nasce na região para viver. Apesar de o nome remeter ao bioma vizinho, 84% dessa paisagem estão no Cerrado, que já perdeu metade de sua cobertura original pressionado principalmente pela expansão não sustentável da agropecuária.  

Leia a matéria completa: Pelo menos 11% das Cabeceiras do Pantanal precisam ser restauradas | WWF Brasil

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