O professor José Fernandes de Lima publicou o artigo: Educação Básica e Sustentabilidade, em que ele destaca  que o direito à educação é essencial tanto como um fim em si quanto como meio para a realização de outros direitos sociais. Diante disso, os currículos da educação básica precisam deixar claro que tipo de sociedade queremos construir, indo além do desenvolvimento de habilidades e competências para sinalizar objetivos coletivos de longo prazo. Essa construção curricular deve estar ligada a utopias transformadoras, que inspirem mudanças profundas, ao mesmo tempo em que se conectem a metas concretas, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam garantir uma vida próspera e equitativa para todos.

Para alcançar os ODS, segundo o professor, é necessário desenvolver uma educação voltada para a sustentabilidade, com currículos que promovam novos valores, atitudes e práticas pedagógicas. Isso inclui repensar os conteúdos e métodos de ensino para formar cidadãos conscientes, preparados para lidar com desafios como mudanças climáticas, conservação dos recursos naturais e consumo responsável. Sustentabilidade, nesse sentido, deve ser entendida como um conceito integrado, que abrange não apenas a preservação ambiental, mas também aspectos sociais, econômicos e culturais.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pode ser um instrumento para alinhar a educação básica aos ODS, por meio da incorporação explícita desses objetivos às competências gerais. Um exemplo disso é a proposta de ampliação da Competência 7, integrando diretamente temas como direitos humanos, consumo responsável, combate às mudanças climáticas e preservação da vida na água e na terra. Ao assumir esse compromisso, a escola se torna o espaço privilegiado para formar cidadãos que, além de entenderem os problemas ambientais, atuem como agentes de transformação em suas comunidades e no mundo.

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