Miniflorestas, revegetação e plano de mobilidade limpa: o que BH está fazendo para combater as mudanças climáticas
Na última semana, capital mineira bateu recorde histórico de calor. Para especialistas, é necessário que a cidade invista em educação ambiental e em medidas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
06 de outubro de 2023
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Belo Horizonte bateu um recorde histórico na última semana: a temperatura chegou a 38,6ºC, a maior já registrada na capital. Segundo especialistas, as mudanças climáticas contribuem para o calor e outros eventos extremos e, para evitar que a situação do planeta piore, as cidades precisam agir localmente e com urgência.
Em BH, uma das principais medidas adotadas é o plantio de árvores. No ano passado, a prefeitura criou um projeto de miniflorestas, que busca gerar "ilhas de biodiversidade" em áreas antes degradadas e usadas como bota-fora.
Atualmente, a cidade tem cinco miniflorestas, onde mais de 1,7 mil árvores foram plantadas. Até o fim do ano, de acordo com o município, serão implantadas mais oito.
Outro projeto é o "Montes Verdes", criado em 2016 para a recuperação e revegetação de áreas verdes públicas. Segundo a prefeitura, mais de 30 mil mudas foram plantadas.
No entanto, a especialista afirma que medidas de absorção de carbono não são suficientes. É preciso investir também na redução da produção de gases do efeito estufa.
Com essa ideia, a prefeitura lançou, na semana passada, um plano de mobilidade que prevê a substituição de 40% da frota do transporte municipal por ônibus com energia limpa até 2030. Uma alternativa estudada são os ônibus elétricos – os veículos vêm sendo testados na capital há quase dez anos, mas ainda não foram implementados na prática.
O plano também inclui investimentos em ciclovias. Atualmente, Belo Horizonte tem 105,9 km de infraestrutura – a meta era que a cidade tivesse 400 km até 2020.
Para a superintendente executiva da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), Maria Dalce Ricas, a adoção de medidas de combate às mudanças climáticas deve ser uma responsabilidade compartilhada entre poder público e sociedade. Mas, para isso, é necessário mais investimento em conscientização e educação ambiental.
Segundo ela, algumas ações que as pessoas podem adotar para contribuir para a redução da emissão de poluentes são:
No mês passado, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC) alertou que a temperatura da Terra pode aumentar 2,6ºC até 2100.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o aquecimento global pode levar à extinção de espécies. O fenômeno também causa impactos como alteração na frequência e intensidade de chuvas, elevação do nível do mar e intensificação de inundações, ondas de calor e secas prolongadas.