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"Brasil discute sustentabilidade sem fazer conta", diz CEO

A avaliação é do CEO da Biofílica Ambipar, Plínio Ribeiro. Para ele, além de olhar o cenário de forma mais analítica, é preciso também encarar pautas relacionadas ao meio ambiente como uma oportunidade de negócio. “O carbono, no final do dia, é um custo para a indústria que precisa ser internalizado. Quando a gente faz a conta, a gente percebe que muito dessa renda é mais oportunidade de negócio do que custo”, disse Ribeiro. 

12 de julho de 2023

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ESTADÃO  / ECONOMIA  / GOVERNANÇA 

Embora a agenda de sustentabilidade esteja em alta e seja pauta no setor público e privado, o Brasil ainda não mensura a quantia necessária de investimento para colocar os planos em prática e, por isso, ainda associa os recursos para a área a um custo. A avaliação é do CEO da Biofílica AmbiparPlínio Ribeiro.

”O Brasil discute sustentabilidade sem fazer conta. Às vezes a gente só discute índice de desmatamento. É só isso. A gente precisa fazer conta”, afirmou o especialista em crédito de carbono durante o lançamento de um projeto de reflorestamento feito pela empresa brasileira do Grupo Ambipar especializada em desenvolver créditos de carbono em parceria com o governo do Estado de São Paulo, a AstraZeneca e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), na última quinta-feira, 6.

Para ele, além de olhar o cenário de forma mais analítica, é preciso também encarar pautas relacionadas ao meio ambiente como uma oportunidade de negócio. “O carbono, no final do dia, é um custo para a indústria que precisa ser internalizado. Quando a gente faz a conta, a gente percebe que muito dessa renda é mais oportunidade de negócio do que custo”, disse Ribeiro. 

O CEO da Biofílica Ambipar defende que, embora o país tenha de se desenvolver nesse aspecto, a agenda de sustentabilidade e ESG do Brasil avançou significativamente nos últimos anos. “Antigamente, eu ia nas empresas falar de compensação e passava metade do tempo explicando o que eram mudanças climáticas. Hoje, discutimos a solução.”

Além de uma mudança geracional, que, para ele, já vem “carregada de solução”, ele afirma que o Brasil passa por um momento importante atualmente, por ver a forte atuação dos governos em projetos pela primeira vez — sem mais esperar que apenas a iniciativa privada apresente propostas. “Ninguém mais aceita desmatamento.”

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