Saberes do Cerrado em forma de Eco Artesanato
“O que aprendemos com os saberes do Cerrado é como tirar uma fibra da jangada ou um olho do buriti sem matá-lo; contribuímos com a dispersão das sementes; fazemos intercâmbio com outras cidades; conservamos para multiplicar as espécies”, diz Sinomar Fonseca.
04 de setembro de 2023
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Sinomar Messias Fonseca diz que o contato com o Eco Artesanato se deu ainda na adolescência junto aos saberes dos povos tradicionais. Hoje, em sua página do Instagram, ele compartilha fotos e vídeos da colheita, do beneficiamento e do produto final, em uma perspectiva de arte sustentável, que valoriza e desperta a atenção para a importância da preservação do Cerrado. “Os mais idosos iam nos ensinando a fazer arte com aquele material que víamos”, recorda.
Ele, que posteriormente fez o curso de Gestão Ambiental e tem a carteira nacional de mestre artesão, expedida pela Secretaria da Retomada do Estado de Goiás, considera seu artesanato como ‘eco amigável’; e faz uma alusão à casa, ao cuidado com o bioma, cada vez mais devastado. “Estudamos a morfologia do Cerrado, suas singularidades. Fazemos peças a partir da vegetação nativa e contribuímos para alertar a sociedade sobre a preservação, sensibilizamos para a importância deste bioma, que é a caixa d’água das Américas”, ressalta.
Para Sinomar Fonseca, a preocupação ambiental deve andar ao lado do social e do econômico; e por isso, o Eco Artesanato busca retirar o mínimo possível da vegetação, para não degradar. “O que aprendemos com os saberes do Cerrado é como tirar uma fibra da jangada ou um olho do buriti sem matá-lo; contribuímos com a dispersão das sementes; fazemos intercâmbio com outras cidades; conservamos para multiplicar as espécies”, diz.
O resultado de tudo isso é, por exemplo, o buquê, que postamos abaixo: as flores com as folhas do barbatimão, folha moeda, chuveirinho do Cerrado e pendões do brejo. Em outros momentos, o artesão usa o trançado com a fibra de buriti; as flores feitas com a folha do canzileiro, papoula do cerrado; sorgo, trigo e aveia. Para conhecer as peças de artesanato, basta acessar @eco.artesanatocerradogoias.