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Comunidade, Ciência e Governança para a proteção do Rio Araguaia

Com a missão de promover a conservação dos recursos naturais do rio Araguaia e garantir a sustentabilidade da região, programa Araguaia Vivo atua na preservação da biodiversidade, promoção do turismo sustentável e na melhoria da qualidade de vida das comunidades locais ao longo do rio.

Um placeholder qualquer

Letícia Jury

21 de junho de 2024

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Um programa que une ‘comunidade, ciência e governança’. Estas três palavras-chave estão presentes em destaque na home do portal, que apresenta o ‘Araguaia Vivo 2030: conservação e sustentabilidade’. Nesse sentido, a apresentação deixa claro que a proposta é a interação entre as comunidades locais e os pesquisadores e a criação de estratégias de conservação da biodiversidade.

Coordenado pela pesquisadora Mariana Pires de Campos Telles, bióloga, mestre em Agronomia e doutora em Ciências Ambientais, orientadora em programas de pós-graduação da PUC Goiás e da Universidade Federal de Goiás, que tem experiência nas áreas de Genética e Genômica, com ênfase em Genética de Populações, Ecologia Molecular, Marcadores Moleculares e Conservação do Cerrado, o programa é uma iniciativa da Aliança Tropical de Pesquisa da Água (TWRA) e é apoiado financeiramente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG). Ele conta ainda com o apoio de 23 instituições de pesquisa, públicas e privadas, distribuídas pelo território nacional.

Mariana Telles define que o principal objetivo é assegurar a preservação dos recursos naturais do rio Araguaia e garantir a sustentabilidade da área. “Nos dedicamos à proteção da biodiversidade, ao incentivo do turismo sustentável e à melhoria da qualidade de vida das comunidades que vivem ao longo do rio Araguaia”, acrescenta.

A pesquisadora apresenta que são onze atividades de pesquisa interligadas, sendo elas: Monitoramento dos Recursos Hídricos; Dinâmica Espaço-Temporal da Sustentabilidade Socioambiental; Mobilização, Sensibilização e Capacitação de Atores Locais; Modelagem Hidrológica; Valoração dos Recursos e Serviços; Segurança Hídrica; Análise Integrativa da Biodiversidade; Turismo e Pesca; Turismo Ecológico; Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos; e Biodiversidade Aquática.

Atividades de Pesquisa

Durante todo o mês de julho, o Baru Observatório de Jornalismo Ambiental vai apresentar as atividades do programa e nesta primeira edição, destacamos ‘Monitoramento de Recursos Hídricos’. De acordo com a coordenadora Mariana Telles, compreender a saúde dos rios é essencial para sua preservação. Ela observa que essa prática é pouco aplicada e foi por essa razão que um dos focos do programa é desenvolver uma metodologia eficiente para avaliar a saúde dos rios na bacia do rio Araguaia, inovando ao incorporar experiências internacionais e nacionais.

A atividade consiste em objetivos principais: avaliar como o uso do solo impacta riachos e lagos e, nesse sentido, identificar padrões e consequências; criar processos para avaliar a condição hídrica com foco na integridade e sustentabilidade; detectar e definir marcadores críticos que refletem a saúde e bem-estar dos rios.

A proposta é ainda gerar mapas e infográficos para a criação de um repositório de indicadores ecológicos; compreender como os indicadores fluviais reagem às alterações do meio ambiente; e, por fim, desenvolver um sistema de gerenciamento para monitorar efetivamente a bacia do rio Araguaia.

Metodologia
As expedições de campo para monitorar condições ambientais, comunidades biológicas e processos do ecossistema em riachos e lagos são a metodologia adotada pelos pesquisadores. “A amostragem abrangerá locais com diferentes níveis de distúrbios antrópicos, enfrentando desafios de acesso devido às grandes distâncias. Utilizaremos embarcações para deslocamento no rio Araguaia e coleta de amostras”, detalha a coordenadora Mariana Telles.

Quer conhecer mais sobre o programa, acesse o portal Apresentação – Araguaia Vivo (thetwra.org)

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