Letícia Jury

A pergunta intrigante acima pode evocar sentimentos variados, como complexidade ou ambiguidade. A resposta imediata de muitos pode ser a de descartar, queimar ou deixar na rua para ser recolhido pelo caminhão de lixo. No entanto, a questão do lixo é mais complexa do que isso, requerendo planejamento e ação por meio da elaboração e execução de políticas públicas eficazes.

José Renato Nalini, em seu livro "Ética Ambiental", lista uma série de estratégias e atitudes que todos podem adotar, como cobrar políticas ambientais coerentes. Nesse sentido, faço outra pergunta: você conhece as políticas de resíduos sólidos do seu município? Ele também sugere denunciar descasos com a coleta, destinação e tratamento do lixo, exigir coleta seletiva, preferir embalagens recicláveis, combater o desperdício, entre outras ações.

O descarte inadequado do lixo pode gerar diversos problemas ambientais e de saúde pública. Entre os impactos mais comuns estão a contaminação do solo e da água, a proliferação de doenças transmitidas por vetores, como ratos e mosquitos, e a poluição do ar devido à decomposição dos resíduos orgânicos. Além disso, o acúmulo de lixo em locais impróprios, como terrenos baldios e margens de rios, pode causar obstrução de vias fluviais e agravar os efeitos de enchentes e alagamentos em áreas urbanas.

É justamente por isso que o questionamento do título é provocativo: como cada um pode lidar? E mais: o que eu já faço para mudar essa realidade?