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Vítima da degradação, Córrego Bacalhau caminha para a morte na cidade de Goiás

Um dos mais importantes mananciais da antiga capital apresenta situação preocupante em pleno regime de chuvas. Problema tem relação com exploração

05 de janeiro de 2024

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Fonte: O Popular

Município que se orgulha de sediar o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), um dos principais eventos do gênero no mundo já caminhando para a 25ª edição, a cidade de Goiás assiste ao desaparecimento gradativo de um de seus principais mananciais, o Córrego Bacalhau. Neste fim de ano, o Poço da Sota, que integra o percurso do manancial, ficou completamente seco, uma situação que tem assustado moradores e visitantes. Localizado às margens da rodovia GO-070, a pouco mais de 4 km do centro histórico, o poço sempre foi procurado para atividades de lazer.

Secretário de Meio Ambiente do município, Carlos Augusto Campos, que nasceu e se criou na antiga capital, reconhece que a situação do Bacalhau “é preocupante”. Muito do que está acontecendo com o córrego, ele acredita, está vinculado aos eventos climáticos, como o calor excessivo e a ausência de chuvas. Por outro lado, a pasta, segundo ele, não pode fazer muita coisa para impedir as ações humanas que têm contribuído para reduzir de maneira substancial a vazão do manancial. Nos últimos anos, nas proximidades do Bacalhau, foram abertos poços artesianos para abastecer propriedades rurais e empreendimentos hoteleiros e de lazer. Um ex-titular da pasta foi ameaçado de morte por um fazendeiro ao determinar a retirada de mangueiras que vinham retirando água do córrego.

“A outorga para perfuração de poços artesianos é concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Quando recebemos denúncias, fazemos o relatório e encaminhamos para a pasta. Não podemos multar, por isso ficamos limitados”, explica Carlos Augusto Campos. Um morador da cidade de Goiás, que preferiu não se identificar, disse ao POPULAR que o Córrego Bacalhau era perene e, independente do período do ano, havia água em seu trajeto. A situação começou a mudar quando a Saneago fez o barramento destinado a abastecer a cidade de Goiás, reduzindo o volume de água do manancial, refletindo em poços como o da Sota, no bairro homônimo.

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