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Mulheres no Oeste da Bahia se reúnem para defender o Cerrado

O encontro recebeu apoio de diversas entidades, entre elas, o ISPN, por meio de um projeto apoiado no 36º Edital PPP-ECOS, que executa a Sétima Fase Operacional do Small Grants Program (SGP) na região, com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e implementado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

12 de abril de 2024

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ISPN

Indígenas, quilombolas, fecheiras de pasto, ribeirinhas, atingidas por barragens, apanhadoras de sementes, artesãs  extrativistas, raizeiras, benzedeiras, agricultoras e quebradeiras de coco babaçu. Mais de cem mulheres de todos estes segmentos se reuniram para o II Encontro de Mulheres pelo Cerrado do Oeste da Bahia, sob o tema “Cerrado e Sociobiodiversidade: Das correntezas das águas, a força das mulheres!”.

O encontro foi realizado em Sítio Grande, distrito de São Desidério, a partir de 22 de março, e contou com debates sobre mudanças climáticas e a incidência política, além de outros temas, na grade da programação. No sábado, 23 de março, foi realizada a II Feira das Mulheres do Cerrado.

A região é marcada por conflitos de terras e grilagem. Por esse motivo, o movimento escreveu em nota que repudia as autorizações do Governo do Estado da Bahia para supressão de vegetação nativa em áreas de recargas de rios, “matando as nascentes e provocando o desaparecimento de nossas águas, ferindo nossos modos de vida e nossa relação com nossa casa comum”.

Entre setembro de 2007 e junho de 2021, o governo baiano concedeu 5.126 autorizações para supressão de vegetação em todos os biomas, que totalizam uma área de 992.587 hectares. As Bacias do Rio Corrente e Rio Grande correspondem a 80% da área total autorizada pelo estado no período (798.428 hectares). As informações são fruto de um estudo do IMATERRA e da UFBA, apoiado pelo ISPN, WWF e iniciativa Tamo de Olho.

“Clamamos pela justiça dos povos e comunidades tradicionais  do Cerrado, por territórios livres de grilagem, pela demarcação das terras indígenas, pelas ações discriminatórias dos territórios de Fundo e Fechos de Pasto e Geraizeiras”, acrescentou o movimento em nota.

O encontro recebeu apoio de diversas entidades, entre elas, o ISPN, por meio de um projeto apoiado no  36º Edital PPP-ECOS, que executa a Sétima Fase Operacional do Small Grants Program (SGP) na região, com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e implementado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

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