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Governo monta força-tarefa para conter desmatamento no Cerrado

Em uma reunião no Palácio do Planalto, coordenada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, participaram os governadores dos estados que abrangem parte do Cerrado, bem como autoridades do governo e representantes da sociedade civil. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância do engajamento dos estados, ressaltando que, ao contrário da Amazônia, no Cerrado são os estados que têm maior capacidade de ação.

01 de abril de 2024

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Uma força-tarefa envolvendo o governo federal e sete estados, além do Distrito Federal, foi criada para enfrentar o avanço do desmatamento no Cerrado, em contraste com a situação da Amazônia. O objetivo é conter a degradação do segundo maior bioma brasileiro, que abrange um quarto do território nacional. Essa iniciativa é parte do Plano de Ação Contra o Desmatamento do Cerrado (PPCerrado), retomado no ano passado.

As medidas propostas incluem a criação de uma força-tarefa com a participação direta dos governadores, além do trabalho de unificação das bases de dados dos estados com o governo federal, especialmente no que se refere ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Este último foi enfraquecido em governos anteriores, levando os estados a desenvolverem suas próprias plataformas de acompanhamento da situação dos imóveis rurais. Um grupo de trabalho entre ministros e governadores será formado para acompanhar os dados e tomar decisões.

O Cerrado, fonte de 40% da água doce do país, tem enfrentado um aumento alarmante no desmatamento, especialmente na região conhecida como Matopiba, composta pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Essa área é considerada a nova fronteira agrícola do país e responde por quase 75% do desmatamento no bioma.

Durante a reunião, o Ministério do Meio Ambiente alertou para os impactos do desmatamento, como mudanças no regime de chuvas e desertificação de áreas próximas ao Cerrado. O apoio dos estados na força-tarefa pode garantir a liberação de recursos do Fundo Amazônia para financiar ações de monitoramento e controle em outros biomas.

Foto: Thomas Bauer

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